Sergipe tomado pelo lixo após decisão judicial que determinou fechamento de aterros

Durante as primeiras horas da manhã desta terça-feira, 14, já era possível ver um cenário de horror em todos os bairros de Aracaju e também nos outros 74 municípios sergipanos. Tudo por conta de decisão judicial que determinou a suspensão imediata das licenças ambientais expedidas pela Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema), permitindo o funcionamento de aterros sanitários no interior do Estado.

Já no Programa Alerta 99, da rádio Fan FM, os ouvintes já interagiram informando que a coleta de lixo não foi feita nesta segunda-feira, 13, e os dejetos se acumulavam nas vias da Capital e também do Interior.

A decisão da juíza Christina Machado de Sales e Silva, atendendo pedido na íntegra do Ministério Público de Sergipe (MP/SE) suspendeu as licenças dos três aterros em pleno funcionamento em Sergipe, localizados nos municípios de Itabaiana, Itaporanga D´Ajuda e Rosário do Catete.O descumprimento da medida está sujeito a multa diária no valor de R$ 1 mil, até o limite de R$ 500 mil.

Em entrevista ao Jornal da Fan, da rádio Fan FM, nesta terça-feira, 14, o presidente da Adema, Gilvan Dias, afirmou que o órgão apenas cumpriu a decisão e impetrou, no mesmo dia, um agravo para reverter a decisão.

“É importante deixar claro que a Adema não promoveu ação de fechamento de aterro, isso é uma determinação judicial que a gente está cumprindo. Não precisa muita força para interpretação, basta ler. Já foi recorrido para que o Tribunal de Justiça possa reverter essa decisão, porque o caos se instala. Cumprimos a determinação na forma que foi trazida e no mesmo instante fizemos o agravo para reverter a situação”, disse Gilvan Dias.

Apesar da situação, na noite desta segunda-feira, 13, a Justiça autorizou o retorno das atividades no Aterro da Estre, em Rosário do Catete, no transbordo da Estre e também no aterro da Torre, e, segundo o presidente da Emsurb, Luís Roberto, o serviço em Aracaju deve ser normalizado até o fim da tarde desta terça-feira. Ele também afirma que houve uma interpretação equivocada por parte da Adema, prejudicando, sem necessidade, a coleta em Aracaju.

“Até o final da tarde está tudo normalizado, estando o aterro aberto a gente faz a coleta. Nessas decisões a gente tem que ter uma sensibilidade muito grande porque não é apenas um pacotinho de lixo que é colocado na porta, é uma questão de Saúde Pública. No nosso entendimento houve uma interpretação extensiva, agora defender Aracaju eu vou. Se fosse possível a gente entrava como terceiro interessado na ação. Não entro em discussão com a Adema quanto a isso”, finalizou Luís Roberto.

Fonte: FanF1