Publicitária tem celular furtado e sofre golpe de mais de R$ 14 mil

A professora de Publicidade e Propaganda Ana Carolina Westrup sofreu um golpe após ter o seu celular furtado. Segundo ela, sua conta bancária foi invadida, após suposta falha de segurança do aplicativo Banese, e quatro movimentações financeiras teriam sido realizadas pelos criminosos.

O caso aconteceu no último domingo de novembro, dia 28, quando a publicitária teve o celular roubado. Preocupada, já em sua residência, ela passou a monitorar as três contas bancárias que possuía e percebeu quatro movimentações financeiras realizadas entre os dias 29 e 30 daquele mês, pelo aplicativo do banco, em uma conta de pessoa jurídica dela.

Ainda segundo Carol Westrup, como é conhecida no meio da comunicação sergipana, três dessas movimentações foram no novo formato de transferência financeira do Brasil, o PIX - ela afirma que não havia feito registro de chaves até então -, sendo duas delas de R$ 5 mil e outra de R$ 2 mil. A quarta transação foi uma compensação bancária no valor de R$ 2.297. Os destinatários, identificados nas transações, são pessoas que ela não conhece. O montante das movimentações, segundo ela, totalizou exatos R$ 14.297.

“Essa compensação bancária tem um elemento importante. Ao pesquisar no site ‘Reclame Aqui’ informações sobre fraudes bancárias, a beneficiária já esteve envolvida em uma fraude bancária entre 2019 e 2020, com celular que foi roubado no Rio de Janeiro”, relatou Carol Westrup a nossa reportagem.

Após identificar o crime, a publicitária e professora se dirigiu até uma delegacia, onde prestou Boletim de Ocorrência (B.O.). Ainda na madrugada do dia 30, Carol entrou em contato com o banco, noticiando o fato e em busca de ressarcimento. “Eu não tinha nenhuma senha no meu celular, ou nada que fizesse com que eles (os criminosos) pudessem acessar o meu aplicativo”, relata Westrup.

A publicitária diz que o Banese negou a solicitação e antecipou que irá entrar com uma ação judicial contra o banco, alegando que foi vítima de um golpe. 

Procurado pela reportagem, o Banese respondeu que não encontrou nenhuma irregularidade e que as operações foram realizadas por meio das senhas estabelecidas pela cliente. Confira a íntegra:

Em alusão ao que trata a informação emitida pela cliente, o Banese tem a informar que acolheu prontamente a denúncia de fraude apresentada, iniciando, de imediato, a aferição das ocorrências no ambiente do banco através dos setores responsáveis.

Ficou constatado que as operações envolvendo a ferramenta Pix foram efetuadas mediante uso de SENHA DE ACESSO (quatro dígitos), IDENTIFICAÇÃO POSITIVA e SENHA DE MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA (de seis dígitos), instrumentos pessoais de validação dos dados nas operações bancárias, que não devem ser do conhecimento de terceiros. Nesse sentido, o banco sistematicamente esclarece sobre a necessidade dos cuidados inerentes à salvaguarda desses dados, visto que são o instrumento validador das consequentes operações.

Não foi verificada irregularidade que ensejasse a invalidação das operações no ambiente do banco. Esclarecemos que estamos à disposição para contribuir na elucidação da ocorrência, visando assegurar a todos os nossos clientes um ambiente tecnologicamente seguro, periodicamente aferido por órgãos reguladores do sistema financeiro nacional. O Pix vem sendo exaustivamente testado por todas as instituições financeiras do país, sob a coordenação do Banco Central, e o Banese tem se empenhado para seguir rigorosamente todas as normativas de controle e segurança operacional.