PRF diz que abordagem em Umbaúba foi "conduta isolada" e vai reavaliar técnicas operacionais

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) voltou a se manifestar sobre a abordagem policial que provocou a morte de Genivaldo de Jesus Santos, na cidade Umbaúba, região Sul de Sergipe. Em vídeo publicado nas redes sociais da instituição, o chefe de comunicação, o agente Marco Territo, afirmou que a ação foi uma 'conduta isolada' e que não compactua com as diretrizes da PRF.

"Os procedimentos adotados durante a ação não estão de acordo com as diretrizes impressas em cursos e manuais da nossa instituição", afirmou Territo. 

O porta-voz da PRF disse que o procedimento disciplinar para investigar a conduta dos policiais continua em andamento, e os agentes estão afastados das suas funções enquanto o caso é apurado.

A abordagem que provocou a morte de Genivaldo, em Sergipe, assim como as mortes dos dois agentes da PRF, no Ceará, conforme Territo, implicaram uma reavaliação interna da PRF nos métodos operacionais.

"O cenário implicou avaliação interna dos padrões de abordagem e estamos estudando novos procedimetnos de aperfeiçoamento operacional, para ajustar o que for necessário para prestar um serviço de qualidade", pontuou.

Caso Genivaldo

A Polícia Federal está investigando o caso e, neste último fim de semana, enviou peritos de Brasília a cidade de Umbaúba para fazer a reconstituição da abordagem e identificar elementos que possam ajudar no inquérito policial. 

Genivaldo de Jesus Santos tinha 38 anos e tomava remédios para tratar a esquizofrenia. Ele foi abordado por estar sem capacete em uma motocicleta e, após se recusar a ser conduzido a delegacia, ele foi asfixiado dentro da mala da viatura policial com gás lacrimogêneo.