Operação combate furto de energia em invasão na zona oeste de Aracaju

A Polícia Militar e Polícia Rodoviária Federal (PRF) cumprem, nesta quarta-feira (24), uma ordem judicial contra furto de energia em invasão localizada na saída da cidade de Aracaju, próximo a uma fábrica de biscoito.

No local, moradores da ocupação se reuniram para protestar contra a ação da polícia e pedir pela regularização do serviço. De acordo com informações do presidente da Associação Comunitária Nova Liberdade III, Erivaldo dos Santos, são cerca de 700 famílias que vivem na invasão, o que significa aproximadamente 1.500 pessoas utilizando a rede de energia ilegalmente. O terreno está localizado em área pertencente ao Governo do Estado, mas também atinge espaço privado, conforme aponta Erivaldo. Os moradores estão no local desde 2013. 

Agentes da Energisa, companhia responsável pela distribuição, realizaram a retirada de toda a fiação ilegal do local, deixando os ocupantes sem energia. O presidente da Associação conta que a comunidade já havia solicitado, por meio de ofício, a regularização tanto da água, como da energia, no entanto, só obteve sucesso com a Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso). 

“Não estamos nos omitindo a regularizar. A gente quer que regularize, como já temos a água regularizada. Eu levei dois ofícios, um para cada empresa.O da Deso foi atendido, mas o da Energisa não. Nós estamos sendo prejudicados. A população está sem energia, temos crianças e idosos aqui”, lamentou Erivaldo. 

Após a retirada da fiação, a comunidade se reuniu para se dirigir até a frente do Palácio Governador Augusto Franco, na avenida Adélia Franco, onde pretendem se manifestar. “Fizemos um abaixo assinado em 2014, outro em 2019, e já estou preparando outro documento. Até agora a Energisa não compareceu, com a justificativa de que só pode colocar energia se o governo autorizar. Por isso, vamos para o palácio fazer um manifesto lá e chamar a atenção do governador”, disse o presidente. 

A reportagem procurou a Energisa para esclarecimentos, no entanto, a empresa não se posicionou até o momento. O Governo do Estado também não deu resposta sobre o assunto até a última atualização da matéria.