Em Aracaju, 57% dos focos do Aedes aegypti continuam nas residências

A maioria dos criadouros do Aedes aegypti encontra-se dentro das casas habitadas. No último Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), realizado pela Prefeitura de Aracaju, 57,4% dos focos foram registrados em lavanderias e tonéis, ambos utilizados para armazenar água. Em segundo lugar, estão os vasos de plantas, ralos, lajes, sanitários em desuso com 25,9%. Os focos encontrados em entulho e lixo nas vias públicas ou espaços abandonados correspondem somente a 13,1% dos focos.
 
Para combater a dengue, zika e chikungunya, doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, uma estratégia é fundamental: eliminar os focos do mosquito, vetor de transmissão dessas doenças. De acordo o gerente do Programa Municipal de Controle do Aedes aegypti da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Jeferson Santana, boa parte dos focos continuam nas casas das pessoas e, por mais que o município implemente estratégias de combate ao Aedes, o que realmente faz a diferença é a mudança de comportamento da população. 

“Diariamente, os agentes de combate às endemias fazem visitas domiciliares e ações de bloqueio de transmissão, além dos mutirões realizados aos sábados. Quando fazemos uma ação no bairro, percebemos que há um impacto positivo no que diz respeito à infestação pelo Aedes. A população deve atuar em parceria com a administração municipal, ela precisa fazer a sua parte. Pelo menos uma vez na semana é importante verificar o quintal e dentro de casa, para se certificar que não tem nada acumulando água”, explica.

Cuidados
Cada cômodo da casa deve ser cuidadosamente checado pelos moradores para evitar o possível acúmulo de água. Na varanda, os vasos de planta podem servir de pontos de concentração e, nesses casos, não é necessário se desfazer deles, mas enchê-los de terra.

“O quintal das residências pode reunir alguns recipientes e objetos que acumulam água, como lavanderias e garrafas. Durante a falta d’água, as lavanderias são utilizadas para o armazenamento e são também os maiores focos de larvas do mosquito. Já encontramos muitas casas com larvas de Aedes aegypti dentro da lavanderia”, afirma Jeferson.

O ideal é retirar a água acumulada da lavanderia, limpá-la com uma escova e depois colocar uma nova água limpa. O quintal deve ser vasculhado uma vez por semana na busca de garrafas e pneus, objetos que costumam acumular água. Eles podem ser mantidos no quintal, mas devem ser colocados em um local coberto e ser monitorados constantemente para evitar novos acúmulos.

Na cozinha também há riscos. A caixa que fica atrás da geladeira e que retém água durante seu processo de degelo é também um local para depósito de ovos do mosquito Aedes aegypti. “O ideal é que a pessoa arraste a geladeira e verifique se não há água acumulada nessa caixa. Se houver, deve secá-la bem e passar uma esponja, limpando-a totalmente para que os ovos ali impregnados sejam eliminados. A conscientização da população é essencial para que esse trabalho faça sentido. Cabe a cada cidadão ser um agente de combate ao Aedes aegypti”, orienta o gerente.

Fonte: Ascom/PMA