Comércio espera crescimento de até 9% nas vendas no fim de ano

O ano de 2020 tem sido desafiador para diversos setores econômicos, inclusive o comércio. Com a pandemia do novo coronavírus, estabelecimentos comerciais foram fechados, funcionamento apenas por entrega e muitas foram as adaptações para a continuidade das vendas. Com a retomada das atividades, mesmo com as medidas sanitárias em vigência, porém, a expectativa para o fim do ano tem sido positiva por entidades representativas do segmento em Aracaju.

Segundo o empresário Breno Barreto, presidente da Câmara de Dirigentes Logistas de Aracaju (CDL), o setor espera até o final do ano um crescimento de 7% a 9% nas vendas. "Espero que tenhamos um final de ano bastante positivo, que é o que se aponta. E que diante dessa nova expectativa algumas atividades também deverão empregar mais; até a própria logística deverá ter esse cunho", afirma. 

O comércio no estado teve participação positiva na geração de empregos, conforme resultado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) em setembro, sendo o quarto setor que mais empregou. No nono mês do ano, o comércio registrou aumento do número de contratações em Sergipe, em quase 500 vagas de emprego com carteira assinada no estado - que gerou 3,5 mil novas vagas de emprego formal , melhor resultado de 2020. 

"Eu fiquei bastante feliz com essa informação, de cerca de 3.600 novos empregos gerados, a contribuição do setor do comércio e serviço foi fundamental para esse número. Entendemos que essas novas contratações para Sergipe são devolvidas para o consumo, então isso tem um peso muito mais importante para a classe empresarial, justamente sendo parte de geração de emprego e renda", ressalta Barreto. 

No entanto, o comércio varejista deve contratar quase 20% menos trabalhadores temporários neste Natal em relação à mesma data de 2019, calcula a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A entidade estima que 70,7 mil trabalhadores temporários serão admitidos para atender ao aumento das vendas neste fim de ano, ante um total de 88,0 mil postos temporários abertos no ano passado. A geração de vagas será a menor em cinco anos.

"O ano de 2020 foi bastante difícil para todo o Brasil, para todo o mundo, e Sergipe também estava envolvido nessa dificuldade e o comércio teve realmente momentos em que era uma dúvida para a gente, o sentimento que a gente tinha realmente era do pós pandemia. Apesar da covid ainda não ter a sua vacina, eu espero que diante das normativas, tenhamos essa condição de trabalhar para nos adequarmos a essa nova realidade", diz Breno Barreto.