Chesf não descarta vazão acima dos 4.000 m³/s no Rio São Francisco

A vazão nos reservatórios da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) já atingiu o patamar previsto pela concessionária, de 4.000 m³/s, partindo do Reservatório de Sobradinho, na Bahia. O nível do Rio São Francisco vem sendo monitorado pela Chesf e lembrou que o período úmido do rio se estende até abril, o que faz a concessionária não descartar um novo aumento da vazão, para equilibrar o fluxo de água, sobretudo pelas cargas provocadas pelo período de chuvas intensas em Minas Gerais.

A Chesf já confirmou que atualmente o Rio São Francisco apresenta o maior nível de água em seu curso natural dos últimos 13 anos, no trecho que atravessa o Nordeste. O rio permanecerá nesse patamar até o próximo dia 1º de fevereiro, quando haverá nova divulgação.

Segundo a (Chesf), equipes estão realizando operação especial de controle de cheia do rio desde o dia 12 de janeiro, com aumento programado e gradativo da vazão, e vem mantendo diálogo com prefeituras, defesas civis, associações, Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco e outras entidades, para atuação desses órgão quanto a ações de prevenção e orientação dos usuários.

A Chesf emitiu alertas para que as autoridades competentes pudessem tomar medidas preventivas para casos de possíveis inundações e, também, para orientação de todos os usuários. Na carta enviada às prefeituras e usuários cadastrados, a Companhia não afasta a hipótese de ter de praticar vazão maior que 4.000 m³/s no decorrer do presente período úmido, a depender da evolução das chuvas na Bacia do São Francisco.

Muitos municípios sergipanos já tiveram parte da área ribeirinha tomada pelas águas do Rio São Francisco, a exemplo de balneários e casas na margem do município. Prefeitos da região do Baixo São Francisco já informaram que vão adotar medidas judiciais contra a Chesf, em decorrência dos prejuízos provocados pelo aumento da vazão.