Agente socioeducativo e PM estão entre investigados por coação no interior

Um policial militar, um agente socioeducativo da Fundação Renascer e dois ex-agentes socieducativos estão entre os alvos da operação Argonautas, que desarticulou uma associação criminosa com atuação em municípios do agreste de Sergipe. A informação foi divulgada nesta terça-feira (27) pela Secretaria da Segurança Pública (SSP). 

As identidades e a participação de cada um dos suspeitos não foi detalhada pela Polícia Civil porque, segundo o delegado Wilkson Vasco, os trabalhos de investigação ainda não foram concluídos. Há 15 dias, a Polícia Civil vinha recebendo denúncias anônimas de que seis homens estavam aterrorizando os moradores das cidades de Campo do Brito, Macambira e São Domingos. Os suspeitos foram detidos no final de semana. 

A operação resultou ainda na apreensão variado armamento: uma pistola .380, com um carregador; uma pistola .40, com dois carregadores; um revólver .38; 21 munições de .40; 13 munições de .380; seis munições de .38; três balaclavas; dois coldres de arma de fogo; uma algema; três celulares; além do veículo.

De acordo com o auto de prisão em flagrante, os suspeitos estariam "fazendo rondas nos municípios e ameaças à população com cunhos políticos, solicitando o voto através de coação, com uso de arma de fogo e de balaclava".

Cinco dos seis suspeitos foram presos preventivamente. Durante a audiência de custódia o magistrado observou a necessidade da manutenção das prisões até o fim do período eleitoral, "a fim de evitar danos à eleição das cidades de Campo do Brito, Macambira e São Domingos".

Em nota, a Fundação Renascer disse não compactuar “com nenhum tipo de conduta criminosa” e que o único agente envolvido na ocorrência que ainda possui vínculo será desligado do sistema socioeducativo. “Como não integra o quadro efetivo, será imediatamente dispensado das suas funções. Os outros dois envolvidos não atuam mais na Fundação Renascer: um deles atuava como terceirizado e foi dispensado em setembro deste ano; e o outro adentrou no sistema através de Processo Seletivo Simplificado anterior, mas seu contrato foi encerrado em março de 2020”, detalhou.

Já a Polícia Militar disse não ter conhecimento do fato.