ADUFS e demais entidades da UFS realizam Plenária contra a intervenção na Reitoria

As entidades representativas da comunidade acadêmica da Universidade Federal de Sergipe realizam na próxima quarta-feira, 09/12, uma Plenária Unificada contra a intervenção na Reitoria da instituição e em defesa da democracia e autonomia universitária. A atividade acontecerá pela plataforma Zoom, às 14h.

Organizada pela Associação dos Docentes da UFS (ADUFS), Sindicato dos Trabalhadores Técnico-administrativos em Educação da UFS (SINTUFS), Diretório Central dos Estudantes (DCE), Associação Atlética Universitária (AAU) e Associação de Pós-graduandos/as (APG), a Plenária tem o objetivo de definir coletivamente ações contra a nomeação e posse de Liliádia da Silva Oliveira Barreto como reitora pró-tempore.

Para a diretoria da ADUFS, é fundamental a conjugação dos esforços de docentes, estudantes e técnico-administrativos tanto contra a intervenção do Governo Federal quanto contra o desrespeito do ex-reitor Angelo Antoniolli em relação à Consulta Pública organizada pelas entidades.

Nesse sentido, o atual presidente da ADUFS, Airton de Paula Souza, frisa: ”estamos lutando contra um golpe tremendo na autonomia e na democracia na UFS. E é importante dizer que não aceitamos nenhuma das duas intervenções, nem a do Governo nem a do ex-reitor. O que reivindicamos é o respeito ao resultado da Consulta Pública feita de forma democrática pelas entidades”.

No entendimento do sindicato docente, a intervenção é também parte do projeto de desestruturação da universidade pública em curso pelo atual governo, tanto que 18 universidades, institutos federais e Cefet já sofreram intervenção na escolha de reitores/as, seja pela indicação de nomes que não estavam em primeiro na lista enviada ao Ministério da Educação ou pela indicação direta, por parte do presidente da República ou do Ministro da Educação, de pessoas que sequer participaram das consultas públicas ou processos eleitorais, como é o caso da UFS.

Avaliando esse cenário, o professor Romero Venancio, eleito próximo presidente da ADUFS, ressaltou que “essa é a política de desestruturação do conhecimento e da educação pública. É um processo autoritário e que intranquiliza toda a comunidade acadêmica”.

Além da UFS, integram a lista de instituições federais de ensino sob intervenção: Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Universidade Federal do Ceará (UFC), Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB), Universidade Federal do Semi-Árido (UFERSA), Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Universidade Federal do Piauí (UFPI), Universidade Federal Sergipe (UFS), Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) e Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio de Janeiro (CEFET-RJ).