Georgeo faz apelo por sensibilidade do governo com setor de eventos

O deputado estadual Georgeo Passos (Cidadania) participou da sessão remota da Assembleia Legislativa, na manhã desta quinta-feira, 25, para defender mais sensibilidade do governo do Estado em apresentar políticas de assistência para os trabalhadores do setor de eventos sociais que estão prejudicados diretamente pela pandemia, sem poder trabalhar e sem auxílio financeiro.

O parlamentar registrou o protesto dos trabalhadores da área que vinha sendo realizado em frente a Alese. “Esse público é diferente dos que fazem a produção de eventos, de shows, como o vereador Fabiano Oliveira, Téo Santana e João Menezes. São pessoas que precisam de auxílio do Estado, que fazem casamentos, reuniões, aniversários, dentre outros eventos sociais”.

Georgeo enumerou a quantidade de trabalhadores que são necessários para a formatação da estrutura de um casamento e de sua festa, profissionais que estão com suas atividades suspensas ou comprometidas há mais de um ano. “Eles não querem a liberação dos eventos, porque temem que podem ser infectados, mas clamam por ajuda do poder público”.

O deputado disse que o governo precisa dar uma contrapartida para esses trabalhadores e exibiu, durante a sessão, vários vídeos com depoimentos de trabalhadores do setor de eventos sociais que estão passando dificuldades, sem trabalhar, com contas atrasadas e já tendo dificuldade para comprarem alimentos.

“Essa linha de crédito do Banese também não está funcionando. A gente conta coma sensibilidade do governo. Algumas pessoas estão vendendo seus próprios equipamentos de trabalho e quando voltarem não terão como trabalhar. E o pior é que a maioria está no SPC e Serasa. Como terão acesso a esta linha de crédito do Banese? Como uma empresa ficou 12 meses parada e o banco faz tantas exigências?”, questionou Georgeo.

O deputado Jeferson Andrade (PSD), que participava da sessão, pontuou que também vem sendo procurado por pessoas do setor alegando dificuldades para acessar esse crédito do Banese. “Muitos estão endividados e não tem como ter acesso aos R$ 50 milhões que estão sendo disponibilizados para ajuda. É preciso ver a possibilidade de se abrir uma linha de crédito que facilite esse acesso, caso contrário, o dinheiro vai ficar parado mais uma vez”, alertou.

Já o deputado Zezinho Guimarães (MDB) disse que quando o Banese cobra uma taxa de juros de 1,7%, ele não está ajudando o trabalhador a se erguer, mas a afundar ainda mais. “É uma taxa muito alta! Isso vai dar mais ou menos 21% ao ano, chegando a dobrar a dívida mais para frente. Isso não é ajuda e a coisa também não pode ser concebida de uma forma tão açodada! Tem que ouvir os segmentos, tem que discutir exaustivamente, chamar a área econômica, todos os setores”.

Zezinho colocou que bancos como a Caixa Econômica e o Banco do Brasil possuem taxas melhores e que é preciso desenvolver uma política pública efetiva. “Conversei com um empresário que tem 120 empregados. Ele teve que demitir 10 e deu férias aos outros 110 por 30 dias. E me confessou que não sabe se terá condições de reabrir após esse período”.

Por fim, Georgeo Passos defendeu que o governo de Sergipe siga o exemplo do governador do Ceará que apresentou uma lei de auxílio de reforço para os profissionais do setor de eventos sociais, prejudicados pela pandemia, no valor de R$ 1 mil.

Fonte: Ascom Alese