Bolsonaro defende voto impresso ao sugerir que sistema de apuração no Brasil deixa dúvidas

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sugeriu que o sistema de apuração de votos do Brasil deixa margem para dúvidas em relação ao resultado, sem apresentar provas ou indícios, nesta segunda-feira (16), um dia após as eleições municipais. Neste domingo (15), bolsonaristas também espalharam suspeitas sobre a credibilidade das urnas eletrônicas e criticaram o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

“Nós temos que ter um sistema de apuração que não deixa dúvidas. É só isso. Tem que ser confiável e rápido, não deixar margem para suposições”, disse Bolsonaro. Ele já afirmou que também é favorável a um sistema que possa demorar mais na apuração, como o do voto impresso, “mas que seja garantido que o voto vai para aquela pessoa de fato”.

Durante as eleições, o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, alegou que atua como juiz e lida com provas. Ele defendeu que desde 1996, as urnas eletrônicas se mostraram confiáveis para o processo político, e que não há histórico de fraudes no sistema de votação no Brasil. Barroso ainda informou que a lentidão se deu por causa de um problema técnico, sem relação com o ataque hacker, e que não houve qualquer comprometimento da credibilidade da apuração.

Os candidatos apoiados pelo presidente Bolsonaro nas eleições não tiveram bom desempenho nas urnas. No total, o Chefe do Executivo declarou adesão abertamente a 59 candidatos, mas dos 14 candidatos a prefeito aliados a ele, nove foram derrotados no primeiro turno, apenas dois conseguiram se eleger e outros dois levaram a disputa para o segundo turno.